Em 1986, sintonizei pela primeira vez o mundo da rádio. Era um universo de ondas invisíveis, onde as vozes ganhavam vida e as histórias se desenrolavam em melodias e palavras.
Desde então, a minha viagem tem sido uma sinfonia de experiências, uma partitura que se desdobra ao longo de mais de trinta anos, em vários canais, percorri as frequências, saltando da TDM – Teledifusão de Macau à Tribuna de Macau, do Jornal de Macau à RDP e RTP.

A minha voz ecoou pelas ondas da BBC World, atravessou oceanos e fronteiras.
Nos Estados Unidos e Venezuela fui narrador de histórias que unem corações distantes.
A minha função? Uma paleta de cores: produção, realização, guionismo, reportagem, locução e pós-produção.

Mas não foram apenas as ondas do rádio que me embalaram.

Viajei literalmente do Oriente para o Ocidente e experimentei culturas e paisagens.
Em Macau, senti o aroma das especiarias e a brisa do mar da China. Em Toronto, na CBC, descobri a neve que silencia a cidade. E em Luanda, na TV Zimbo, mergulhei na riqueza da língua portuguesa.
Essas viagens não foram apenas geográficas; foram viagens da alma.
Aprendi que cada história é uma ponte entre mundos, um convite para entender diferentes formas de ver e estar na vida.

E, como um transmissor de emoções, partilhei essas descobertas com os ouvintes e telespectadores.
Hoje, olho para trás com gratidão.
A minha trajetória profissional é uma partitura que ecoa em corações e memórias.

E, enquanto o dia gira e as estações mudam, continuo a dançar com as ondas, a contar histórias e a celebrar a magia da comunicação. 🎙️🌎📻